Revista de arquitectura de Madrid pode vir a dedicar número ao Funchal
Data: 28-05-2010
Um grupo de 14 pessoas quer criar um novo conceito de olhar a cidade, que seja a génese de um exercício de cidadania para o futuro.
O arquitecto Paulo David, o mentor do projecto, explica que a cidade não é apenas propriedade de urbanistas e de políticos. Daí que tenha juntado um grupo que reúne músicos, biólogos, geólogos, gente ligada às artes e à literatura para aquilo que chama "uma degustação da própria cidade".
A primeira vez que o grupo vai reunir é já este Sábado. Será uma espécie de encontro 'marginal' à Feira do Livro, uma 'conversa de esquina' no Teatro Municipal Baltazar Dias, que reunirá 14 pessoas e outros tantos olhares sobre o Funchal.
Paulo David, João Almeida, Filipe Bettencourt, Rui Campos Matos, Melim Mendes, Diana Pimentel, João Baptista, Raimundo Quintal, Francisco Clode, Filipa Abrantes, Maurício, Manuel Biscoito e Roberto Moniz 'inauguram' esta nova forma de olhar a cidade, que Paulo David quer que tenha continuidade como exercício de cidadania.
Diana Pimentel, professora universitária, ensaísta e uma das participantes, refere que "pela primeira vez na vida do Funchal a cidade será olhada, em conjunto, por áreas disciplinares distintas, em vez de visões parcelares e especializadas sobre a realidade urbana". A ideia é pensar como as cidades se formam, crescem e como cada um dos espaços se relaciona entre si. Por exemplo, a relação da rua como espaço de circulação e encontro, ou espaço de arte". Daí que a heterogeneidade do grupo pretenda trazer à discussão "aquilo que todos vivemos diariamente: a cidade".
Funchal em revista
Outra das particularidades deste encontro é que contará com a presença da equipa editorial da revista do Colégio Oficial de Arquitectos de Madrid, da qual Paulo David é assessor internacional em Portugal. A ideia do arquitecto é aproveitar a passagem dos responsáveis da revista para os sensibilizar a dedicarem um número ao Funchal, como o fazem com tantas outras cidades. Isto por entender que a cidade tem histórias e exotismo suficiente para figurar numa revista que tem um olhar subjectivo, incisivo e fora daquela concepção de postal.
DN Madeira
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