quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lugar de Baixo já recebeu 4.500 camiões de inertes

Proveniente das ribeiras da Ribeira Brava e da Ponta do Sol


Até ao momento, e fruto do trabalho que está a ser desenvolvido nas ribeiras dos dois concelhos, foi já realizada a descarga de 4.500 camiões de inertes no aterro da marina do Lugar de Baixo, o que representa cerca de 70 mil metros cúbicos de material, provenientes das ribeiras da Ponta do Sol e da Ribeira Brava.






Num balanço à aluvião que atingiu a Região a 20 de Fevereiro e afectou, de forma expressiva, o concelho da Ribeira Brava, os dados oficiais da Secretaria Regional do Equipamento Social contabilizam elevadíssimos prejuízos em diversas infra-estruturas e equipamentos públicos. Todavia, em declarações ao JM, Santos Costa diz que é importante lembrar que o Governo Regional «agiu prontamente, autorizando os diversos departamentos sectoriais a proceder, logo no próprio dia, à reparação e reposição das infra-estruturas mais afectadas, de forma a assegurar o seu normal funcionamento».
Essas primeiras medidas, segundo explicou, permitiram superar as situações mais problemáticas e urgentes em termos da segurança das populações e das infra-estruturas e bens públicos e privados. Nesse período de limpezas e resposta aos estragos, o Governo teve um elevado número de máquinas e camiões a trabalhar, inclusive na regularização dos cursos de água. Desse trabalho, resultou, até ao momento, a descarga de 4.500 camiões no aterro da marina do Lugar de Baixo, o que representa cerca de 70 mil m3 de material, provenientes das ribeiras da Ponta do Sol e da Ribeira Brava, conforme destacou o governante.

Terrenos agrícolas são para repor

Já noutra fase, as obras que se estão a desenvolver agora, segundo Santos Costa, prendem-se, sobretudo, com a reconstrução da Estrada Regional entre a Meia Légua e a Serra de Água, da reposição de pontes de pequena dimensão naqueles sítios e na Tabua, bem como de todo um trabalho de regularização e desassoreamento das principais ribeiras da Ribeira Brava e da Tabua.
O secretário esclarece que desde o início que o esforço do Governo Regional foi, em primeiro lugar, para o realojamento das pessoas. «Neste momento, o realojamento definitivo está em curso e obedece a um critério avaliado, caso a caso, por técnicos da Secretaria Regional do Equipamento Social, das moradias que são ou não recuperáveis. Já no que se refere às novas construções, estão sob a alçada da IHM».
Depois disso, a prioridade prende-se com a recuperação das infra-estruturas públicas, nomeadamente no que diz respeito ao assegurar das acessibilidades e à reposição das adequadas condições de funcionamento e segurança das ribeiras. Neste sentido, lembrou que está a ser feito um estudo para um novo troço de via expresso que permita a ligação entre a Meia Légua e a Serra de Água e que deverá ser executada ao longo da ribeira, em conjunto com as obras de canalização da mesma. «O prazo previsto para essa canalização da ribeira – cuja regularização, saliente-se, tem estado já a ser feita, por forma a assegurar que no próximo Inverno, ela esteja em condições de funcionar – vai depender da conclusão dos estudos que estão em curso, mas que será prioritária», complementou.
Quanto aos terrenos junto a margem da ribeira que acabaram por desaparecer ao longo da estrada entre a Meia Légua e a Serra de Água, Santos Costa revelou que é intenção do Governo, após a respectiva canalização da ribeira da Ribeira Brava, desenvolver diligências no sentido de proceder, progressivamente, à reposição desses terrenos.
Ainda no tocante à reconstrução de estradas e pontes, o secretário alerta que iniciou-se de imediato, estando mesmo, nalguns casos deste concelho, concluídas. Quanto às pontes de maior dimensão, como a da Tabua (ER 222) explicou que estão a ser elaborados os projectos para que se possa, logo que possível, abrir os respectivos concursos e executá-las posteriormente.
Outra das preocupações desta Secretaria prendeu-se, naturalmente, com os vários deslizamentos que ocorreram no vale da Ribeira Brava, estando, neste momento, em estudo, esse processo, pelo que a SRES ainda não possui uma caracterização dessa situação.



Jornal da Madeira

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não serão aceites comentarios de anonimos