Alberto João Jardim louva agricultores e empresários no crescimento do sector e alerta
«É fundamental que o dinheiro fique na Região»
Alberto João Jardim louvou, ontem, publicamente, os agricultores e os comerciantes da Madeira pela resposta que estão a dar ao apelo do Governo Regional no sentido de tentarem colocar e vender tudo o que é produto madeirense. Falando na inauguração do Caminho Rural da Fajã de Cima, em São Vicente, o presidente do Governo salientou mesmo que esta situação possibilitou um crescimento da produção agrícola de 15 por cento na Região.
«Tenho notícia de que as grandes superfícies de supermercados e outros tipos de negócios semelhantes estão a aproveitar os mecanismos dos mercados abastecedores - nalguns casos é o próprio produtor que está a fornecer os bens directamente a quem os comercializam - comprando em grande o que é produção da Madeira e que estão a fazer também um grande esforço para colocar esses produtos à venda. Não podemos esquecer que nos últimos anos a produção agrícola, ao contrário do que sucedeu no continente que desceu, aumentou em 15 por cento. E portanto, quero agradecer em primeiro lugar aos agricultores que fizeram todo este grande esforço e, em segundo lugar, agradecer aos proprietários das grandes, médias e pequenas superfícies comerciais como estão a responder a este apelo do Governo para colocar produtos da Madeira. É um esforço que é louvável e temos que saber ser reconhecidos», justificou o presidente.
Caminhos são importantes para revitalizar economia
Apesar dos 370 metros de extensão, Jardim minimizou as críticas daqueles que vão «para os jornais, às vezes, fazer troça destes caminhos agrícolas». Mas isso só acontece porque, justificou, «não sabem o que é trabalhar a terra e, depois, não ter uma estrada para chegar lá e escoar os produtos».
«Há gente que nunca trabalhou na vida ou só trabalhou em coisas fáceis e que não dá valor ao trabalho daqueles que estão no seu dia a dia empenhados em produzir, para que a agricultura tenha uma produção que alimente o povo da Madeira e que permita a nossa economia funcionar», prosseguiu.
Por tudo isto, o presidente do Governo frisa que estes caminhos agrícolas, «mais do que nunca, são importantes, porque quanto mais a Madeira produzir e quanto mais colocar no mercado, menos está a importar de fora, menos dinheiro está a sair da Madeira num momento em que é fundamental que o dinheiro fique na Região o mais possível. Porque se não, a nossa economia vai ter dificuldades em acelerar», concluiu.
Humberto condena ataques de Sócrates ao poder local
Momentos antes, Humberto Vasconcelos, autarca de São Vicente, também falou da importância destas infraestruturas, classificando-as de «fundamental para as necessidades do povo do concelho e, sobretudo, para a população que habita na zona inferior à Fajã de Cima e que utiliza muito a zona para a agricultura».
Neste momento, a estrada tem 370 metros, mas o edil refere que no futuro, a mesma terá uma saída, aumentando assim até aos 700 metros. Ainda assim, tudo tem de ser feito palutinamente e com o máximo cuidado já que, justificou, «cada dia que chegamos à Câmara Municipal, há uma surpresa».
Em causa, as medidas que têm vindo a ser tomadas pelo Governo da República. «O sr. Sócrates tira-nos dinheiro. Agora, voltou a tirar 5 por cento do IRS aos municípios, o que representa menos cerca de 100 mil euros para São Vicente, o que é grave. É mais um ataque ao poder local por parte do Governo da República. Aqui está um senhor que olha para os portugueses da Madeira como de segunda e não de primeira. Temos de combater e lutar sempre contra esta gente que não gosta dos madeirenses», considerou.
A obra
O Caminho Rural da Fajã de Cima está localizado na zona alta da freguesia de São Vicente. O novo caminho tem uma extensão de 370 metros mas é intensão da Câmara aumentar até aos 700, por forma a que o mesmo possa dispor de uma saída para a zona baixa, mais concretamente, para a Fajã dos Vinháticos. Com 3,5 metros de largura e valeta para circulação de águas, a nova infraestrutura rodoviária vem servir uma vasta zona agrícola e alguns aglomerados habitacionais. Trata-se de uma obra da Câmara Municipal de São Vicente que ascendeu a 162.374,62 euros.
Na oportunidade, Humberto Vasconcelos aproveitou para anunciar que, em breve, serão lançadas duas novas obras igualmente importantes, mais concretamente, o resto da ligação desta estrada à Fajã dos Vinháticos e ainda a do Cascalho, colmatando assim um programa que é vasto.
(Texto e Foto Jornal da Madeira)
Nota do Autor : Muito bem que se façam estas Estradas , vem ajudar aqueles que mais precisam e pouco tem.
Aqui na minha Serra tambem fizeram caminhos agriculas , eu sei que o dinheiro não muito mais também sei que caminhos pavimentados em Cimento não duram muito e o povo gosta e de alcatrão
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