quarta-feira, 29 de abril de 2009

PSD reforça maioria no Funchal

Social-democratas deixam socialistas a 26 pontos de distância no Funchal
Data: 29-04-2009

Se as eleições autárquicas se realizassem hoje, o PSD vencia no concelho do Funchal. Uma vitória por margem confortável, deixando toda a aposição a quase 10% de distância, margem que é superior a 26 pontos percentuais quando comparada com os valores obtidos pelo PS.

O estudo de opinião encomendado pelo DIÁRIO e pela TSF-Madeira à Eurosondagem realizado antes das principais convulsões mais recentes, ocorridas nos principais partidos madeirenses, mostra que a maioria absoluta será renovada nas eleições autárquicas deste ano.

Quando confrontados com a pergunta 'Se fossem hoje as eleições autárquicas (para a Câmara Municipal do Funchal), e independentemente dos candidatos, qual seria o seu voto?', 46,6% dos inquiridos garantiram escolher o PSD, 19,8% o PS, 4,9% o CDS/PP, 4,1% a CDU, 3,7% o BE, 2,8% o PND e 2% o MPT.

A oposição toda junta vale assim 37,3%, menos 9,3% que o partido da maioria, contrariando tendências registadas nas sondagens de há quatro anos. Alteração que também se regista no valor do CDS/PP que, nesta sondagem, recupera um lugar perdido em 2005, afirmando-se como a terceira referência na capital madeirense.

À mesma pergunta, 13,5% dos entrevistados garantiram ainda não saber em quem votar ou optaram pura e simplesmente por não responder. Daí que a Eurosondagem tenha feito uma projecção, exercício matemático presumindo que os inquiridos que responderam desta forma se abstêm no próximo sufrágio. Nesta contabilidade, as principais tendências mantêm-se. Ou seja, o PSD deixa a concorrência a uma distância considerável, gozando de uma margem de 31% em relação ao PS.

Comparando os resultados da projecção hoje publicada (ver quadro) com os alcançados nas eleições realizadas a 9 de Outubro de 2005, constata-se que os social-democratas estão agora mais influentes, enquanto que o PS revela maior debilidade.

Nas eleições de há quatro anos, o PSD alcançou 50,39% do sufrágios expressos, que renderam seis mandatos. O PS ficou-se pelos 25,20% que garantiram 3 mandatos.

Distante do resultado de 2005 está ainda a CDU. A aliança PCP-PEV obteve então 8,25% e 1 mandato, cotando-se como a 3ª força no Funchal. Abaixo dos 7,77% está também o CDS-PP que elegeu um vereador. Próximo dos seus 4,94% está o Bloco de Esquerda.

Novas ameaças


Os partidos que registam perdas são 'vítimas' da entrada em cena de novas propostas. Tanto o PND e MPT, que não concorreram em 2005, roubam eleitorado às diversas forças instaladas. A projecção comprova que 5,5% dos inquiridos optaram pelas 'novidades'.

Tendências mudam

Em 2005, os três estudos de opinião publicados pelo DIÁRIO sobre a tendência de voto indicavam que o PSD poderia perder a Câmara caso a oposição tivesse optado por uma aliança, mesmo que 'contra natura'.

Em Outubro, nas vésperas do acto eleitoral, as intenções de voto de PS, CDS-PP, BE e CDU rendiam 45,7%, o valor mais alto obtido pelos adversários do PSD.

Nos estudos anteriores, a oposição toda junta sempre se revelou como a única ameaça ao 'laranjal' com décadas. Em Julho, valia 43,9%, a perder terreno, face ao estudo de Abril, em que obteve o apoio de 45,3%, na altura mais três pontos que o partido da maioria.

Miguel sem rival

Se quiser ganhar as eleições, o PSD deverá candidatar Miguel Albuquerque. O estudo opinião efectuado pela Eurosondagem revela que o actual edil é o político social-democrata mais bem colocado para vencer a corrida à presidência da Câmara.

É preferido por 54% dos inquiridos, sobretudo homens, deixando toda a concorrência interna a longa distância. Por exemplo, o seu número dois na autarquia, Bruno Pereira, vale 7,9%, enquanto que Pedro Calado, também vereador recolhe 4,1%, cabendo ao presidente da Junta de Santo António, Marcelino Andrade uns míseros 2,6%.

Mais significativos são os 23% que não sabem ou não respondem à questão colocada.

Escórcio preferido


André Escórcio é o nome que o PS deveria candidatar a presidente da Câmara do Funchal. Mais de 22% dos inquiridos preferem o ex-vereador na CMF e ex-líder parlamentar dos socialistas, que bate por dois pontos o candidato lançado pelo partido em 2005, Carlos Pereira.

Um e outro já manifestaram indisponibilidade para disputar as autárquicas deste ano. Assim, para além dos imprevisíveis candidatos, o melhor é Maximiano Martins, nomeado por 10,8%, restando 5,1% para Isabel Sena Lino.

Em consonância com as hesitações nas cúpulas do partido, a sondagem revela que quase 32% não sabem ou não respondem quando confrontados com as hipóteses de candidatura






DN Madeira

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