O presidente do Governo Regional disse ontem que a construção do novo estaleiro para embarcações de recreio, situado por baixo da pista do Aeroporto da Madeira, é uma necessidade na infra-estruturação turístico-económica da Região.
O estaleiro, que custou 2,7 milhões de euros e deverá estar entregue este Verão ao vencedor do concurso público que decorre para a atribuição da concessão daquele espaço, surge para fazer face às marinas entretanto construídas pela ilha, que estão a fomentar o aparecimento de mais barcos de recreio, mas também devido à requalificação que está a decorrer na Avenida do Mar, onde funciona o antigo estaleiro.
Tal como explicou Alberto João Jardim durante a inauguração desta infra-estrutura, «está a ser requalificado um espaço nobre da cidade do Funchal e que visa o prolongamento da Avenida do Mar, com duas faixas de circulação de cada lado, até à boca do túnel cuja construção está a terminar e que liga a entrada da Pontinha à zona do início da via rápida Estrada da Liberdade».
Jardim considera essa uma «obra fundamental, visto que o prolongamento da Avenida do Mar e o alargamento da Avenida Sá Carneiro vêm valorizar a Região e permitir ainda melhores condições de tráfego automóvel, principalmente nas entradas e saídas do Funchal».
Para Jardim, o Funchal e as cidades que foram entretanto erigidas «praticamente» não têm problemas de tráfego automóvel, quando comparadas com qualquer cidade europeia», e assim é devido às obras realizadas pelos seus governos.
Ainda sobre a intervenção que está a decorrer naquela zona nobre da capital, o presidente do Governo Regional referiu que a requalificação das avenidas implica também a construção de um silo automóvel, que vai melhorar as condições de estacionamento na própria cidade, bem como cria outras infra-estruturas ligadas ao comércio e ao turismo permitindo que «haja ali um crescimento económico importante, quer para a criação de postos de trabalho, quer para o desenvolvimento económico da Região».
«Estas obras necessitavam da transferência do estaleiro, que se encontrava no limite da Avenida do Mar com a Avenida Sá Carneiro, porque não só o número de embarcações estava a aumentar como era impossível fazer-se estas obras sem transferir as embarcações e os trabalhos que lá se realizam», justificou o líder do governo.
O presidente do Executivo
não podia estar mais satisfeito com a escolha do local que acolhe o novo estaleiro.
«Houve a visão de se perceber que debaixo desta pista do Aeroporto da Madeira havia áreas que podiam ser aproveitadas. Trata-se de uma opção de ordenamento do território, (estamos) precisamente a desenvolver políticas que se destinam a aproveitar todo o espaço disponível do pequeno território da Região», disse, felicitando o secretário regional do Equipamento Social, Santos Costa, e o vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva, pelo trabalho conjunto que permitiu este desfecho.
O local que agora recebe o estaleiro tem «espaço suficiente» para acolher o número de embarcações previstas no futuro, disse Jardim.
«Daí se ter optado por fazer aqui a construção deste estaleiro cujas transferências se vão agora começar a processar e fazer daqui mais um pólo de desenvolvimento e trabalho no concelho de Machico e no de Santa Cruz», salientou.
«O presidente do Governo fica sempre satisfeito quando se concretiza mais um item previsto no Programa de Governo», disse, acrescentando que tal só acontece «com esta disciplina de realização, face à conjuntura económico-financeira internacional e a que nacionalmente foi imposta à Madeira».
Mas e lembrando o ditado “Os cães ladram à Lua e a caravana passa”, Jardim prometeu que os social-democratas vão continuar a andar. «Esta caravana dos autonomistas social-democratas, como vêem, está permanentemente em andamento e quanto aos cachorros, olhe, são-no...”, disparou.
a obra
O novo Estaleiro para Embarcações de Recreio foi construído na parte inferior da pista do Aeroporto da Madeira, numa área de 13.000m2. Destina-se a todos os proprietários de embarcações que necessitem de proceder às reparações anuais das suas embarcações. A parte naútica escolar permanece, contudo, no Funchal.
Esta obra do Governo Regional incluiu a construção de parqueamento para embarcações e viaturas, zonas de lavagem de embarcações, pavilhões para oficina e boxes de armazenamento de material, instalações para portaria e gabinetes. Foram também construídas lojas comerciais e balneários.
Com o encerramento do estaleiro de São Lázaro no Funchal, o Governo Regional decidiu responder com a construção desta nova localização para o estaleiro de embarcações de recreio.
Jornal da Madeira
O antigo Estaleiro de Sao Lazaro no Funchal vai ser desmantelado
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não serão aceites comentarios de anonimos