quinta-feira, 9 de abril de 2009

Grupo Sá admite construir novo hotel no Pelourinho

Reconversão do quarteirão das antigas moagens ainda está a ser desenhada
Data: 09-04-2009




O Grupo Sá tem intenção de adquirir todo o quarteirão delimitado pela Rua do Anadia, Travessa da Malta, Rua Direita e Praça do Pelourinho. Como prédio mais importante desta área está o da antiga moagem da Companhia Insular de Moinhos, adquirido há alguns anos por Jorge de Sá. Neste momento estão a ser negociados outros prédios num conjunto de diversos proprietários e inquilinos, contíguos às antigas moagens.

Rui Sá, administrador do grupo, confirmou ontem ao DIÁRIO que a intenção é construir um complexo imobiliário de acordo com a traça actual, com diversas valências e áreas de serviço, que está a ser estudado e que irá avançando de acordo com a resolução dos casos que estão ainda pendentes, por não terem sido concluídas as negociações. Desde o imobiliário de qualidade, aos escritório e espaços comerciais, a filosofia do projecto assenta numa construção que irá valorizar esta zona da cidade, que está desde há alguns anos com edifícios abandonados. A ideia de criar uma nova centralidade na baixa do Funchal irá implicar um novo plano de reconversão urbana de todo o quarteirão, que começou a ser adquirido por Jorge de Sá há já alguns anos. Essa centralidade será reforçada ainda com construção de um hotel de cidade, admitiu Rui Sá.

Em 2003 a Câmara Municipal do Funchal já tinha aprovado um projecto que foi executado pelo gabinete do arquitecto João Francisco Caires para o edifício da antiga moagem, e que previa a sua reconversão num empreendimento imobiliário com apartamentos de luxo e 'lofts' (apartamentos com pé direito mais alto do que o normal), muito comuns nas zonas históricas recuperadas de diversas cidades europeias e norte-americanas. O projecto não foi adiante, face à oportunidade de juntar todo o quarteirão no projecto.

Rui Sá confirma que o desenho está a ser executado e que o trabalho continua nas mãos de João Francisco Caires, mas observa que a actual situação recomenda alguma cautela. Além do mais, afirma, há outras prioridades neste momento, em termos de investimento, para o grupo económico da família, liderado pelo conhecido empresário Jorge Sá.

Calçada será reposta na Travessa da Malta


A Câmara Municipal do Funchal (CMF) está a aguardar a apresentação do projecto previsto para o quarteirão . Só depois, as obras de melhoramento dos acessos serão realizados e com eles será reposta a calçada que foi retirada pelos funcionários camarários da Travessa da Malta. Em declarações ao DIÁRIO, o vice presidente da CMF explicou que o projecto ainda não deu entrada na autarquia mas aguarda "para breve" a apresentação da intervenção a fazer em toda aquela área.

Bruno Pereira fez questão de adiantar que toda a zona que vai ser intervencionada foi previamente fotografada para servir de comprovativo. "Depois a Câmara vai obrigar o empresário a colocar a calçada com o traçado existente antes das obras", adiantou.

Quanto às pedras da calçada que foram removidas, o autarca explicou que estão guardadas no armazém da Câmara, na zona da Fundoa. O vice presidente da CMF disse ainda que a solução "provisória" encontrada foi a de colocar um "tapete de alcatrão" e não substituir a calçada como muitas pessoas chegaram a pensar. Avizinham-se obras. Foi por isso.


DN Madeira

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