sexta-feira, 3 de julho de 2009
UMa quer recuperar Quinta de S. Roque
Data: 03-07-2009
A Quinta de São Roque, pertencente à Universidade da Madeira e para onde chegou a ser pensada a residência universitária, deverá ser recuperada com a ajuda da Câmara Municipal do Funchal (CMF). O repto foi lançado, ontem, pelo reitor ao presidente da autarquia, na cerimónia de entrega do prémio 'Melhor Recuperação 2008, no Centro Histórico do Funchal', às Residências Universitárias, na Rua de Santa Maria.
De acordo com o reitor, Castanheira da Costa, o objectivo é o de transformar os 22 mil metros quadrados num espaço ajardinado, com circuito de manutenção e zona desportiva, aberto aos estudantes durante a semana. Castanheira da Costa referiu ainda que, dependendo do acordo que for estabelecido com a Câmara, poderá também ser disponibilizado ao fim-de-semana ao público em geral.
Da parte da autarquia, há, para já, "interesse nessa recuperação", se a ideia for a de "disponibilizar essa quinta ao serviço da população, designadamente da freguesia de São Roque e daquela zona da Penteada", tal como afirmou Miguel Albuquerque.
Segundo o autarca, a Câmara poderá ajudar na criação de um parque fechado com a contrapartida de este poder ser usufruído pelos munícipes. "É uma forma de nós concretizarmos mais um jardim no Funchal", sublinhou Miguel Albuquerque.
O presidente da Câmara do Funchal elogiou o projecto de recuperação do edifício dos Serviços Sociais da UMa, sublinhando que este concilia, "por um lado, a reabilitação do património e, por outro, a fixação de pessoas jovens" naquela zona, através da construção das residências.
O imóvel possui intervenções de várias épocas, sendo identificada na parte mais a este uma pequena habitação, do século XVII, a qual foi ampliada para oeste, durante o século XIX. Foi adquirido pela UMa no início dos anos 90.
De acordo com a informação disponibilizada pela CMF, o edifício inicial possuía características arquitectónicas raras, sendo disso exemplo as janelas de guilhotina tripla, o forno e os tectos em madeira. Numa intervenção posterior foram acrescentados quartos e salas e introduzidos tectos com decorações em estuque. Elementos que foram tidos em conta na mais recente intervenção, alvo de distinção pela autarquia.
Para o reitor, o reconhecimento da CMF demonstra a preocupação da UMa "com a qualidade daquilo que faz". A prova disso é o facto de este ser o segundo prémio atribuído à universidade ao nível da recuperação do património. O primeiro foi para o Colégio dos Jesuítas, há nove anos.
DN Madeira
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