sábado, 25 de julho de 2009
Viver no norte da Madeira deixou de ser dor de cabeça
(Leonor Dordio in Olhares)
«Viver no norte da Região já não é uma dor de cabeça. Temos todas as condições que proporcionam qualidade de vida. Agora até já vale a pena viver no Porto Moniz e trabalhar no Funchal ou vice-versa», a opinião é do presidente da junta de freguesia do Porto Moniz. João Serralha, que está de saída da presidência daquele órgão de poder local, diz-se satisfeito com o “rol” de obras feitas na freguesia e no concelho do Porto Moniz, considerando que tudo o que estava programado ou já foi feito ou está em fase de conclusão. As zonas urbanísticas da Ribeira da Janela e da Santa, por exemplo, estão em construção neste momento. Das já feitas, João Serralha destaca o Parque de Merendas dos Lamaceiros e a zona urbanística do mesmo sítio, o Lar de Idosos (que deverá abrir para Setembro) e os diversos caminhos agrícolas que foram feitos em todo o município. No caso concreto do Lar de Idosos, o presidente da junta de freguesia do Porto Moniz realça que este investimento está a ser mobilado e tem capacidade para 40 camas, sendo 10 destinadas a doentes de alzheimer. Trata-se de uma obra «há muito ansiada por toda o concelho e pela minha freguesia em particular, uma vez que temos uma população muito envelhecida».
O presidente da junta do Porto Moniz recorda que, naquele município, há muita gente de avançada idade a viver só e sem apoios de ninguém. «Esta será sem dúvida uma mais-valia para que os já não têm saúde nem condições para viverem sozinhos».
Quanto aos novos caminhos agrícolas, João Serralha enuncia os da Levada Grande, Valgão e Achadas da Cruz. Aliás, e segundo o presidente da junta de freguesia do Porto Moniz, houve a abertura de algumas estradas que nem programadas estavam. No entender do presidente da junta de freguesia do Porto Moniz, há ainda uma obra viária que faz falta, embora não seja prioritária. Trata-se do caminho agrícola que fará ligação ao Pico.
Questionado sobre como está a sua freguesia em termos de Educação, o presidente da junta do Porto Moniz responde que as crianças e jovens da freguesia e concelho dispõem de todas as condições. Para além da escola básica, há ainda a escola secundária, assim como uma creche.
Ao nível da Saúde, o centro de saúde local funciona com urgências durante as 24 horas do dia e não tem sido alvo de contestação. Também a este nível, a freguesia sede e todo o concelho do Porto Moniz estão bem servidos.
Considerando que o Porto Moniz desenvolveu-se significativamente depois do 25 de Abril, o presidente da junta de freguesia adianta acreditar que a satisfação é generalizada. «Parece-me que a população está satisfeita com a obra feita», afirma João Serralha, o qual refere que, da sua parte, tudo fez para corresponder aos que nele depositaram a sua confiança. «Se mais não fiz foi por falta de verbas», referiu João Serralha o qual traça um excelente relacionamento com a Câmara Municipal do Porto Moniz e toda a sua vereação. «Da minha parte, nada tenho a dizer. O relacionamento foi óptimo. Faltaram verbas mas se a edilidade não apoiou a minha junta também não apoiou as outras. O problema da falta de dinheiro foi geral...», afirma ainda aquele responsável que termina agora o seu último mandato à frente da junta de freguesia do Porto Moniz.
Com cerca de três mil eleitores, a freguesia do Porto Moniz pode gabar-se ainda de possuir uma excelente frente-mar, o centro de ciência viva e outras muitas obras que constituem um atractivo.
A via-expresso foi, no entender de João Serralha, um acesso que revolucionou a vida daqueles que ali residem ou trabalham uma vez que antes «levava-se três horas para chegar ao Funchal e agora, faz-se apenas em 45 minutos». João Serralha, que já foi taxista, recorda-se dos tempos em que, após uma viagem até a capital madeirense, tinha de levar a sua viatura à oficina, para resolver alguns problemas de mecânica.
No que diz respeito a actividades da junta, João Serralha diz que as verbas foram poucas pelo que aquele órgão de poder local limitou-se a recuperar veredas e manter em condições todos os acessos pedestres. Ao futuro presidente de junta, João Serralha deixa o desejo de que venha a ter mais dinheiro para solucionar os problemas colocados pela população.
Jornal da Madeira
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