quinta-feira, 30 de julho de 2009
Inaguração das novas Insinstalações da empresa AEM-Análise Estatística da Madeira
PGRAM
Alberto João Jardim disse que a nova lei das rotundas não será aplicada na Região
Autonomia livra-nos «de leis tontas»
27-09-09
Alberto João Jardim garantiu ontem que a nova lei que proíbe a colocação de estátuas e de árvores nas rotundas não será aplicada na Região.
Conforme salientou é para isso que serve a Autonomia: «para nos libertarmos de leis tontas». O presidente do Governo acrescentou que é por isso que diz aos agentes públicos e privados que a questão da Autonomia é «uma coisa muito séria», porque «é uma amarra importante para assegurarmos, não apenas o futuro económico, mas os nossos valores e princípios».
A declaração foi proferida na inauguração da nova sede da empresa AEM-Análise Estatística da Madeira, que foi abençoada pelo Bispo do Funchal. Dom António Carrilho considerou que uma empresa madeirense que lide com área estatística tem uma dimensão social. Na sua opinião, não importa conhecer a realidade apenas para a conhecer, «mas sim em ordem ao desenvolvimento e à resposta às necessidades».
Inovação não é só um termo bonito
Alberto João Jardim confidenciou estar muito satisfeito por se encontrar na referida empresa. Em primeiro lugar, «por ver que as coisas começam a mostrar os seus resultados».
A propósito, Jardim deu os parabéns ao reitor da Universidade da Madeira, visto que os empresários em causa, formados na área de Matemáticas e Engenharia Informática, «mostraram já uma grande capacidade», o que considerou ser mérito da UMa.
A outra razão para a sua satisfação foi a de ver que a política de inovação «não é um termo bonito para a plateia». Conforme frisou, «a política de inovação tem conteúdo» e, neste caso concreto, o seu conteúdo foi a eficácia, quer nesta empresa, quer noutras já estabelecidas, que o ninho de empresas permitiu que se instalassem no mercado e aí continuassem a crescer.
Outro dos aspectos que o presidente do Governo Regional frisou foi o da competência em relação aos trabalhos feitos por esta empresa, a que o governo já recorreu.
Alberto João Jardim lembrou que a Região apostou no sector dos serviços e incentivou os três empresários a não se limitarem à prestação de serviços a entidades públicas e privadas da Região. «É preciso também vender para fora do território», disse.
Politização e fiabilidade
No que respeita à área de serviços que a AEM presta, Alberto João Jardim disse que, nos dias que correm, «quando precisamos de dados fiáveis, não os temos: tudo está politizado neste país».
Ora, conforme acrescentou, por vezes o governo precisa de dados estatísticos, «que são fundamentais para se tomarem decisões e não se consegue e, por isso, a entrada de empresas privadas no mercado é fundamental, para ajudar a tomar a decisão».
Jardim acrescentou que, hoje, «o mundo é tão complexo, que para um decisor fazer uma opção implica a disponibilidade de dados muito seguros e muito certos».
Na sua opinião, «uma empresa que se preze não pode tomar decisões sem que haja alguém que lhes forneça dados com toda a fiabilidade».
O presidente do Governo disse esperar que esta empresa não se limite ao fornecimento frio dos dados estatísticos e dos índices matemáticos. «Apesar da complexidade que hoje a vida económica tem, estou convencido que quem souber ser humano na condução dos seus negócios é que vai ganhar a partida», frisou.
Insanidade institucionalizada
Por seu turno, para o presidente da Câmara Municipal do Funchal, quem fez esta lei sobre as rotundas deve ser atrasado mental, «e o perigo desses atrasados mentais é que tentam tratar os cidadãos como atrasados mentais. Que eles sejam é uma coisa; agora, que tentem tratar a sociedade como um bando de mentecaptos é que é perigoso», disse.
Na sua opinião, é fundamental as novas gerações terem a capacidade criativa e independência relativamente a esta insanidade institucionalizada que está em vigor em Portugal. »Porque isto aplica-se às rotundas, como se aplica a tudo o resto», frisou.
Em relação à empresa, Miguel Albuquerque salientou o percurso destes empresários, que iniciaram a sua actividade na Universidade da Madeira, transitaram para a incubadora de empresas do Madeira Tecnolopo e, finalmente, constituíram a sua própria empresa. «Este é o percurso que nós pretendemos, para a nossa sociedade evoluir dentro de princípios de independência, de competência e de mérito», disse o presidente da Câmara Municipal do Funchal, acrescentando que a independência destes empresários é «um sintoma de afirmação cívica».
Miguel Albuquerque acrescentou que esta empresa vai ao encontro dos objectivos fundamentais que foram traçados pela governação da Região, desde há muitos anos: «A mudança, que foi feita em três decénios, de uma sociedade cujo modelo era rural, de emigração, para uma sociedade de serviços de grande valor acrescentado, como é o vosso, e de turismo».
A obra
O presidente do Governo Regional inaugurou ontem as novas instalações da empresa AEM-Análise Estatística da Madeira, com sede à Rua das Cruzes, nº 7F, no Funchal. A empresa tem acreditação junto da Direcção Regional de Formação Profissional e presta diversos serviços a organismos públicos e privados. Neste momento, dispõe de um novo serviço intitulado “formação presencial”, com vários cursos ao longo do ano.
Jornal da Madeira
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