Data: 15-07-2009
A Madeira é um dos destinos preferidos pelos europeus que escolhem os cruzeiros como produto de férias. De acordo com um estudo realizado pela MedCruise - associação do portos de cruzeiros do Mediterrâneo e mares adjacentes, fundada há 12 anos em Roma e que actualmente representa 75 portos em 20 países - os europeus preferem, na sua maioria (60%), o Mediterrâneo e as ilhas Atlânticas. O norte da Europa é destino para 16% dos europeus. As Caraíbas e o resto do mundo atinge as preferências de 24% dos europeus.
Numa época de crise, os cruzeiros representam actualmente o maior crescimento na indústria do turismo, pois entre 2001 e 2008, o número de cruzeiristas europeus passou de 2,6 milhões para 4,4 milhões. Os crescimentos anuais representam um aumento de dois dígitos. Entre 2007 e 2008 o crescimento foi de 10,5%.
Relativamente aos passageiros de fora da Europa e que estiveram nos portos europeus, só em 2008 chegaram aos 21,7 milhões, ou seja 15% acima, relativamente ao ano anterior.
Este aumento da procura dos cruzeiros é explicado pelo forte aumento do investimento em novos navios e pelos novos itinerários na Europa, iniciados pelas companhias que anteriormente operavam mais no mercado norte-americano. Daí que em 2008 os europeus já representavam 25% de todos os cruzeiristas a nível mundial, enquanto em 1996 atingiam a cifra de apenas 19%.
Curiosamente, o mercado português de cruzeiros é mínimo, quando comparado com outros países, mais maduros neste conceito dos cruzeiros e que só pode ser mesmo comparado com o austríaco.
Em 2009, Portugal representa apenas 1% do mercado europeu, enquanto que no país vizinho, esse número sobe para os 11%. Os italianos representam 15%, e os alemães 21%. O Reino Unido é quem mais contribui para esta indústria com 33% dos clientes na Europa. Conclui-se que, quanto maior é o poder aquisitivo dos países, maior é o peso que tem no seio da análise.
Os cruzeiros são um produto turístico de superior qualidade e têm a melhor relação/preço. São estas características que fidelizam cada vez mais os novos cruzeiristas que têm um primeiro contacto com o Cruzeiro. O potencial de crescimento é enorme. Os cruzeiristas que já faziam cruzeiros continuam e os que estão a iniciar a experiência tornam mais robustas as estatísticas.
DN Madeira
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