O Jardim do Pico de São Martinho será inaugurado a 20 de Setembro.
Orçado em 467 mil euros, o novo espaço ajardinado da freguesia foi estruturado em diversas zonas temáticas, caracterizadas por diferentes tipos de vegetação, todas adaptadas às condições edafo-climáticas presentes.
O jardim ainda está em obras e ontem recebeu a visita do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, do vice-presidente, Bruno Pereira, e do vereador do Ambiente, Henrique Costa Neves. O novo espaço vai ter 145 árvores de 60 espécies diferentes e de diversas proveniências, tendo a Câmara procurado racionalizar os custos com o recurso a exemplares produzidos nos seus viveiros e com o aproveitamento de árvores oferecidas por munícipes.
Para além de bancos e papeleiras, haverá no patamar mais inferior - o jardim terá vários níveis - uma zona de recreio activo.
A Câmara Municipal do Funchal esclarece que o objectivo principal que norteou a criação deste jardim de 4.740 metros quadrados foi aumentar a área verde do concelho, requalificando uma zona degradada por usos indevidos do solo, tais como extracção de inertes sem recuperação, despejo ilegal de detritos vários, entre outras situações que estavam a descaracterizar o monte.
A ideia é ir progressivamente aumentando a área do jardim para a zona oeste. À semelhança de outros parques, também este terá o acesso interdito à noite, para evitar a «alarvice e os vândalos».
Miguel Albuquerque disse ainda que no dia 21 de Agosto será anunciada a criação de um novo parque, adjacente ao que ontem foi visitado.
Sobre as críticas que fazem à câmara de não criar mais espaços verdes, o edil apresentou números, dizendo que nos últimos anos a autarquia construiu 108 mil metros quadrados de zona verde. Actualmente, o Funchal tem «540 hectares de zona verde, na área urbana, e outros 1.200 hectares no Parque Ecológico». Para Albuquerque, dizer que o Funchal não é uma cidade verde «é rídiculo».
O presidente da Câmara Municipal do Funchal agradeceu, por outro lado, à paróquia de São Martinho pela cedência provisória de terrenos para a instalação de hortas urbanas.
«Vamos ter oportunidade de concluir mais 22 talhões de hortas urbanas na freguesia, até 10 de Setembro», disse o autarca, sublinhando o sucesso desta iniciativa, que tem neste momento uma lista de inscritos superior a 100. A água de rega, quer para a horta, quer para o jardim, provém da Levada do Curral e Castelejo.
Jornal da Madeira
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