terça-feira, 15 de setembro de 2009

Inaguração da recuperação do caminho da Achada Grande , Freguesia da Boaventura (São Vicente)



Presidente do Governo Regional da Madeira, inaugurou no dia 14 de Setembro, segunda-feira, às 18.30 horas, na Freguesia de Boaventura, no Concelho de S. Vicente, a recuperação do caminho da Achada Grande.

Com uma extensão de 672 metros, tem 3 metros de largo e recebeu um tapete betuminoso. Foram feitas terraplanagens, construídos muros e vem servir um aglomerado populacional e uma zona agrícola.

Trata-se de um investimento da Camara Municipal de S. Vicente que ascendeu a 167.950,00 Euros.













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Da República à Madeira, afirmou o presidente do Governo Regional
Apoio nos últimos 4 anos ao sector primário «é zero»


«O apoio da República nos últimos quatro anos ao sector primário da Madeira é zero. Tudo o que se diga em contrário é a mais refinada mentira, e tudo o que seja dizer que os fundos europeus que vieram para a Madeira são da República Portuguesa é outra mentira. Esses fundos são da Europa, não são dos portugueses», afirmou Alberto João Jardim na inauguração da recuperação do Caminho da Achada Grande, em Boaventura.




O presidente do Governo Regional afirmou, ontem, que o apoio da República nos últimos quatro anos ao sector primário da Madeira «é zero» e que «tudo o que se diga em contrário é a mais refinada mentira».
Na inauguração da recuperação do Caminho da Achada Grande, na freguesia de Boaventura, em São Vicente, o qual serve um aglomerado populacional e uma zona agrícola, Alberto João Jardim declarou que irá «desmentir todas as mentiras que aparecerem sobre a relação entre a República Portuguesa e a Região Autónoma da Madeira». E ontem, esclareceu o que tem ocorrido em relação ao sector primário (agricultura e pescas).
Começando por dizer que «andamos a ser bombardeados por mentiras», o chefe do Executivo madeirense afirmou depois que «apareceu o Governo da República a dizer que tinha dado mundos e fundos à agricultura da Madeira, quando é mentira, porque os fundos europeus não são da República Portuguesa». «Os fundos europeus são dos contribuintes europeus, são dos holandeses, dos alemães, dos franceses, dos italianos. Não são fundos da República Portuguesa, e as regiões são beneficiadas pelos fundos europeus quer Lisboa quisesse quer Lisboa não quisesse», frisou. Recorde-se que, ontem, o secretário de Estado-adjunto da Agricultura e Pescas afirmou que, em matéria de instrumentos de apoio à agricultura, o Governo da República sempre «discriminou de forma positiva» a Madeira em comparação com os Açores e disse que «os incentivos ao desenvolvimento rural negociados pelo Governo da República e pelo primeiro-ministro mostram que há uma situação de solidariedade para com esta região» (as declarações motivaram um comunicado da Presidência do Governo Regional - ver última página).
Na inauguração, o presidente do Governo Regional fez questão de recordar a dívida do Governo da República à Madeira no que concerne à agricultura. «Lisboa neste momento deve à Região Autónoma da Madeira 30 milhões de euros que tem de entregar para a agricultura da Madeira», começou por dizer, explicando de seguida que «conforme a anterior Lei de Finanças Regionais, o Governo ficou por entregar à Região 30 milhões de euros. Fizeram uma nova lei e com esta nova lei tiraram todos os apoios à agricultura da Madeira. E foram outra vez 30 milhões ao ar». Isto é, esclareceu, «devem 30 milhões enquanto esteve a lei anterior de Finanças Regionais em vigor e que ainda não pagaram, e ao fazerem uma nova Lei de Finanças Regionais neste momento estamos prejudicados noutros 30 milhões».
O líder madeirense sublinhou que «esta é a verdade» e que «não pensem que por Portugal estar a atravessar um particular período político vão tentar enganar as pessoas».
Nesta ordem de ideias, prosseguiu dizendo que «quero desde já declarar que irei desmentir todas as mentiras que aparecerem sobre a relação entre a República Portuguesa e a Região Autónoma da Madeira». E frisou: «nas pescas foi a mesma coisa». «Não houve um centavo de apoio do Governo da República para as pescas da Madeira».
Perante a população, que, apesar da chuva que se fez sentir, não arredou pé e não quis deixar de ouvir o governante, Jardim disse que «hoje só falo do sector primário» e, como tal, adiantou que «o apoio da República nos últimos quatro anos ao sector primário da Madeira é zero». «Tudo o que se diga em contrário é a mais refinada mentira, e tudo o que seja dizer que os fundos europeus que vieram para a Madeira são da República Portuguesa é outra mentira. Esses fundos são da Europa, não são dos portugueses», sublinhou.
Por outro lado, o chefe do Executivo madeirense felicitou o presidente da Câmara de São Vicente «pela visão que teve no conjunto do concelho» e por ter percebido que «o concelho não era apenas o centro de São Vicente», mas «um conjunto territorial onde havia população que tinha de ser atingida na resolução dos seus problemas». Jardim afirmou esperar que «na nova missão que tenho para si, vossa excelência seja da mesma eficiência - e tenho a certeza que será - que foi à frente deste concelho de São Vicente». O diálogo entre Governo, Câmara e Junta de Freguesia também foi elogiado.
Por fim, o líder madeirense sublinhou ainda que antigamente «vir à Falca era impossível» e que «hoje, vem-se à Falca porque o desenvolvimento da Madeira foi montado harmonicamente para atingir todas as partes da ilha e toda a sua população».
Já o presidente da autarquia disse que esta estrada permitirá o aparecimento naquela zona de investimentos privados, os quais passam pela construção de habitações próprias (há jovens que pretendem fazê-lo), pela existência de projectos agrícolas, criando assim mais riqueza para a freguesia, e pelo aparecimento de turismo rural. Humberto Vasconcelos adiantou que para além desta obra há vários investimentos no terreno, nomeadamente a recuperação da antiga Escola do Lombo do Urzal para a criação de um centro comunitário e a recuperação da Escola da Falca para a implementação de um centro de caminheiros. Além disso, apontou outras estradas e ainda o apoio às famílias, em conjunto com a Investimentos Habitacionais da Madeira, para a recuperação das suas habitações.
O edil agradeceu ainda ao presidente do Governo por tudo o que «tem conseguido para o nosso povo» e acrescentou que «só com esta união de esforços entre Junta de Freguesia, Câmara Municipal e Governo Regional é possível continuar na senda do desenvolvimento».


A OBRA

O Caminho da Achada Grande, na freguesia de Boaventura, com uma extensão de 672 metros e três metros de largura, recebeu um tapete betuminoso, e vem servir um aglomerado populacional e uma zona agrícola. A obra de recuperação do referido caminho contemplou também a realização de terraplanagens e a construção de muros.
Trata-se de um investimento da Câmara Municipal de São Vicente que ascendeu a 167.950,00 euros.



Jornal da Madeira

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