Jardim sublinha na entrega de bolsas de estudo a 400 alunos universitários
A Fundação Social Democrata da Madeira entregou ontem a 400 alunos do ensino superior bolsas de estudo para o ano lectivo 2009-2010, numa cerimónia que foi presidida pelo presidente do Conselho de Administração da FSDM, Alberto João Jardim.
Na cerimónia, que decorreu no CEMA - Centro de Conferências e Exposições da Madeira, em Santa Quitéria, no Funchal, o presidente da FSDM, no seu discurso, começou por referir que o “grande princípio que está em aprender conhecimentos em sede universitária é o princípio da dúvida metódica, que conduz a aperfeiçoar conhecimentos e a aperfeiçoar a investigação”, isto para referir que a maioria dos alunos presentes na cerimónia estariam “com uma dúvida metódica” sobre os objectivos que presidiam à entrega de bolsas de estudos por parte da FSDM por ocasião da campanha eleitoral para as Eleições Legislativas.
Assim, Alberto João Jardim esclareceu os 400 alunos presentes na cerimónia que esta efectuou-se ontem apenas “porque o calendário das eleições coincidiu com o calendário político”, acrescentando, por outro lado, que “estaria a fazer um raciocínio errado” sobre cada um dos alunos presentes “se me passasse pela cabeça que qualquer um dos senhores ou das senhoras era tonto e que ia mudar as suas opções só por se fazer esta cerimónia hoje aqui”.
O presidente da FSDM acentuou considerar todos os alunos presentes na cerimónia “inteligentes” e disse “apostar em todos, sem excepção, para o futuro da Madeira”.
Realçou que a Fundação ajudava mais uma vez os alunos que se encontram no ensino universitário da Região, salientando que as Bolsas de Estudo do ano lectivo 2009/2010 “serão 400 e que o valor, não sendo muito, ajuda, uma vez que são 100 euros mensais”.
Neste âmbito, Jardim lembrou que a FSDM já atribuiu 900 bolsas de estudo desde 2005, sem contar com as que foram ontem atribuídas.
Estudar é uma valorização
Referiu que a Fundação “nunca perguntou a alguém qual era a sua ideologia e o que é que pensava do partido a que esta Fundação está aliado”, salientando que o apoio disponibilizado pela FSDM aos alunos universitários “trata-se de um objectivo da Fundação de poder contribuir para que muitos alunos possam chegar a uma almejada licenciatura”.
Alberto João Jardim destacou que “o mercado de emprego não está fácil”, isto após ter realçado que “o país criou a ilusão de que toda a gente sendo licenciada lhe ia cair na rifa o paraíso na terra” e acentuar que a “economia do país tem sido ao longo dos anos mal conduzida”.
Deste modo, salientou ter sempre alertado de que “não se devia enganar os jovens só para se apresentar estatísticas no estrangeiro”, referindo que “toda a gente tem o direito a ter uma licenciatura, mas também toda a gente tem o direito de estar informada sobre as opções que o mercado de emprego faculta”.
“Não há dúvida que seja qual for a opção que cada um faça em função de uma licenciatura, independentemente dessa opção lhe estar a criar maiores ou menores dificuldades no mercado de emprego, a verdade é que estudar é uma valorização”, referiu o presidente da FSDM, salientando a importância de uma licenciatura para que o aluno “não esteja limitado às fronteiros do país na busca de emprego, mas para em qualquer parte do mundo, que está cada vez mais globalizado, possa afirmar o seu direito legítimo a uma carreira”.
Autonomia é o objectivo da FSDM
Alberto João Jardim sublinhou que a capacidade de vencer “está nas mãos” dos alunos, realçando que a FSDM apenas quer “ajudar as pessoas a adquirirem conhecimentos e um aperfeiçoamento pessoal” e a terem na “mão um instrumento para se defenderem”.
Por outro lado, adiantou que o “grande objectivo da Fundação é a Autonomia da Madeira”, salientando que a actual “é ainda muito fraca para as nossas pretensões”.
Neste âmbito, o presidente da FSDM lembrou aos alunos o grande salto que foi dado “no plano social e cultural” com a Autonomia da Região, sublinhando que “não se pode voltar para trás”.
“As novas geração vão também apreciar, estudar e avaliar como funciona a Autonomia Política, o que é preciso mais para a Região tirar benefícios desta Autonomia, pelo que temos consciência que, com todos os fenómenos político-sociais, pela História fora a Autonomia vai evoluir e que daqui a 20 anos não vai ser igual à actual”, realçou Jardim, acentuando que “é por isso que a Fundação aposta muito em ajudar as novas gerações”.
Destacou ainda que serão as novas gerações a “fazer mais mudanças, talvez mudanças decisivas que hoje sejam tabu falar”, pelo que, disse, “têm de estar bem preparadas”.
O presidente da FSDM disse ainda que “quando se aposta na Educação estamos a apostar na Autonomia”, isto porque, acrescentou, “gerações cada vez melhor preparadas vão ainda tratar melhor, fazer funcionar melhor a Autonomia do que a minha geração, que fez o que podia e o que tinha nas mãos”.
“A Fundação aposta em vocês, em cada um de vós, seja qual for a sua ideologia e as suas opções, apostando sobretudo na vossa capacidade intelectual, porque se cada um de vós já chegou onde chegou é porque tem capacidade”, realçou, a concluir, Alberto João Jardim.
Jornal da Madeira
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