Miguel Albuquerque anunciou ontem intenção da Câmara do Funchal
Miguel Albuquerque inaugurou ontem o Empreendimento Madalenas Residence II, em Santo António. O investimento é privado e ascendeu a 11 milhões de euros. Os oitenta apartamentos em condomínio fechado foram feitos com materiais de qualidade e acabamentos de luxo, garantiu Paulo Aguiar, da empresa construtora, que teceu algumas críticas à burocracia do Estado. Miguel Albuquerque aproveitou a deixa, mas também anunciou um parque para aquela zona.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal disse ontem que uma das infra-estrutruas que pretende realizar na zona das Madalenas, em Santo António, é um parque público verde. Miguel Albuquerque disse que será dedicado ao lazer da população e contribuirá para valorizar ainda mais aquela zona, que há pouco mais de nove anos era quase um descampado. Admitindo haver ainda muito a fazer, o autarca lembrou o muito que já foi feito.
O anúncio foi feito na inauguração do empreendimento Madalenas Residence II, situado na Avenida das Madalenas, um investimento privado que ascendeu a 11 milhões de euros, 3,5 dos quais foram de capitais próprios, conforme disse Paulo Aguiar, da empresa construtora.
Paulo Aguiar agradeceu toda a colaboração que a empresa tem recebido da Câmara Municipal do Funchal, mas lamentou o «esmagamento» que o Governo da República faz ao investimento privado, através da burocracia e da carga fiscal.
Em resposta, Miguel Albuquerque deu o exemplo da legislação sobre urbanismo, a qual, muitas vezes, é contraditória entre si.
O autarca aproveitou para tecer fortes críticas ao actual Governo da República pelo estado a que levou o País, nomeadamente por absorver a maior parte da riqueza criada em Portugal, através dos vários impostos que institui.
«Será possível, neste momento, criarmos uma sociedade que produz maior riqueza, se o Estdo absorve quase 60 por cento da riqueza que é criada?», questionou-se.
Miguel Albuquerque acrescentou que o mais extraordinário é ver, neste período eleitoral, os responsáveis do País continuarem sem debater o que é essencial.
«Toda a gente promete coisas. O Estado social está com grandes dificuldades e tem grandes desperdícios e o que se promete é que “é preciso mais Estado social”, mas onde é que vão buscar dinheiro para mais Estado Social, quando o que é preciso é racionalizar os gastos para descer os impostos, eliminar alguns aberrantes, como o Pagamento por Conta, que é, de facto, um imposto inqualificável, que é um esbulho do Estado relativamente às pessoas e tentarmos criar mais riqueza para distribuir», defendeu o autarca.
Outra das suas críticas foi a de «o Estado se meter em áreas que devem pertencer aos empresários», o que o levou a concluir não haver «qualquer possibilidade de continuarmos por esta via».
Refira-se que o Madalenas Residence II tem 80 apartamentos. Paulo Aguiar garantiu que a aposta foi na qualidade.
Jornal da Madeira
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