quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cota 500 cumpre coesão social (Funchal)

Miguel Albuquerque diz que a obra é fundamental


O secretário regional do Equipamento Social e o presidente da Câmara Municipal do Funchal estiveram ontem a visitar as obras de construção da cota 500. Santos Costa diz que a primeira fase vai custar 40 milhões de euros, a segunda 60 milhões, e o presidente da Câmara Municipal do Funchal destacou a coesão social que esta obra traduz.





A primeira fase da cota 500 deverá estar concluída até 2011, assegurou ontem o secretário regional do Equipamento Social, durante uma visita às obras de construção desta infra-estrutura orçada em 40 milhões de euros. Esta primeira fase vai ligar a zona do Vasco Gil ao Lombo dos Aguiares, numa extensão de 1.300 metros, a qual implica a construção de duas rotundas, dois túneis e cinco viadutos.
Apesar de «badalada pelos bons e pelos maus motivos», a cota 500 está a «realizar-se ao ritmo programado», disse ontem o secretário regional, destacando este como um dos principais investimentos que estão a ser feitos e que vão «revolucionar as acessibilidades no Funchal».
Uma tema incontornável nesta construção tem sido o das expropriações. Santos Costa diz que as mesmas aconteceram e vão acontecer outras, «mas é por boas razões, é por bons objectivos, de maneira que possamos ter no final um produto que vai servir a população», disse o governante.
Santos Costa não considera atípicas as situações surgidas. «Aquilo que se tem passado aqui não é diferente do que se tem passado noutras obras deste género», referiu, acrescentando, ainda assim, que há uma providência cautelar interposta por um morador com terrenos no sítio onde deverá nascer no ramal de ligação à zona do Laranjal. Este processo não impede, porém, a obra principal de avançar.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal partilha o mesmo raciocínio de Santos Costa quando este fala na necessidade de, em certos casos, ter de recorrer a expropriações.
Miguel Albuquerque diz que, neste momento, o Funchal acolhe a um dos maiores volumes de investimento em obras de acessibilidade. «Temos de encarar esta obra dentro de um princípio fundamental de política e de direito, que é o princípio da coesão social, o de assegurar a igualdade de oportunidades também nas acessibilidades a todos os munícipes», referiu.
Depois o autarca criticou as contradições dos que durante «muitos anos» agitaram a bandeira das zonas altas. «Os mesmos que reclamavam tudo para as zonas altas são os que agora – após terem sido investidas «somas colossais» de dinheiro público - contestam esta obra fundamental», compara o presidente de câmara, que acrescenta que esta fase da cota 500 teve a cuidado de prejudicar o mínimo possível as populações, daí ter sido «executada em túnel e em viadutos».
Quanto à segunda fase da cota 500 – traçado complementar ao cota 200 -, refira-se que está em vias de ser adjudicada. O nosso traçado vai ligar o Lombo dos Aguiares à Fundoa, passando a norte do centro de São Roque.
Esta fase, mais extensa que a primeira, deverá custar 60 milhões de euros. Porque se antevêm muitas expropriações, o secretário regional não garante que esteja concluída até ao final desta legislatura.




Jornal da Madeira

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