O Presidente do Governo Regional da Madeira, usou da palavra na Festa do Pêro, na freguesia da Ponta do Pargo, concelho da Calheta, pelas 13:00 Horas.
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Presidente do Governo quer a “Festa do Pêro”antes da “Festa da Sidra”
Jardim sugere alteração no calendário de eventos
O presidente do Governo Regional sugeriu ontem, na Ponta do Pargo, que o calendário de eventos deverá ser reajustado, eventualmente, já no próximo ano. Alberto João Jardim, que se referia ao facto da “Festa da Sidra” ter sido feita antes da “Festa do Pêro”, disse que essa é uma questão que deverá ser, agora, acertada pelo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, que é quem tem a tutela desta área.
O chefe do Executivo madeirense, que antes já tinha trocado impressões com o presidente da Câmara Municipal da Calheta e com outros vereadores daquela autarquia sobre o assunto, disse que não faz sentido que a “Festa da Sidra”, no Santo da Serra, seja feita antes da “Festa do Pêro”, na Ponta do Pargo, sugerindo, por isso, que se inverta a ordem destas festividades no calendário de eventos.
Alberto João Jardim, que começou por saudar os produtores de pêro e outros produtores que participaram em mais uma edição da “Festa do Pêro”, disse também que uma das preocupações do seus governos, foi o de criar «nalgumas das mais típicas freguesias da Madeira, como é o caso da Ponta do Pargo, criar um acontecimento que ponha essa freguesia no mapa daquilo que vai ser a atracção da Região Autónoma da Madeira durante o ano».
«E, por isso — prosseguiu o chefe do Executivo madeirense — e dado o tipo produção que encontramos nesta freguesia, escolheu-se este tema a “Festa do Pêro”», aproveitando para felicitar, a este propósito, «o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, que tem também a responsabilidade da agricultura, bem como os senhores directores regionais da Agricultura e das Florestas, e todas as suas equipas, pelo entusiasmo que põem sempre neste trabalho».
Durante a sua intervenção, Alberto João Jardim fez também questão de felicitar o empenho do presidente da Câmara Municipal da Calheta, Manuel Baeta, bem como os responsáveis pela Casa do Povo da Ponta do Pargo, os quais, em articulação com o Governo Regional, tornaram a “Festa do Pêro” o evento que ele é hoje.
No final da sua alocução, no âmbito da “Festa do Pêro”, Alberto João Jardim fez questão de dizer que não iria fazer um discurso político, atendendo ao facto de estar ali na qualidade de presidente do Governo Regional. E, por isso, afirmou, que não tem de «chamar a brasa à minha sardinha. Mas, as pessoas que me conhecem, sabem como é a minha brasa e sabem como é a minha sardinha. E, portanto, como sabem como é a minha brasa e a minha sardinha, também já adivinham aquilo que eu ia dizer, mas que não vou dizer. E, como é tudo gente inteligente, que sabe o que eu ia dizer, mas que na democracia portuguesa estou proibido de dizer, eu só tenho de dizer que as pessoas são inteligentes, porque já perceberam».
Eles em Lisboa, acrescentou Alberto João Jardim, «é que pensam que a gente não percebe. A gente percebe até o que vai por trás daquilo lá».
Rendimentos dos agricultores têm vindo a aumentar
À margem das comemorações da “Festa do Pêro”, na Ponta do Pargo, o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais reafirmou que, ao contrário do que tem sido dito por alguns partidos, como é o caso do CDS/PP, o rendimento médio dos agricultores tem vindo a aumentar. Isso mesmo é confirmado pelos dados do INE, onde se observa, segundo Manuel António Correia, que o Valor Acrescentado Bruto do sector subiu cerca de 50% entre 2001 e 2006.
Manuel António Correia desmente que as produções tenham vindo a baixar e aponta como exemplo a cana sacarina, que passou das 2.800 toneladas no ano 2000, para as actuais seis mil. O mesmo acontecendo com os hortícolas, que viram também a sua quota de mercado subir significativamente.
A única produção que baixou, disse, foi a banana, embora a produtividade e os rendimentos, como já referiu, tenham vindo a aumentar, bem como as condições de se fazer a agricultura. A redução das áreas de cultivo da banana, segundo Manuel António Correia, resultam de uma opção estratégica de melhoria da qualidade de vida das pessoas. No lugar dos bananais surgiram outras áreas económicas importantes, como o turismo, estradas, habitação social e equipamentos sociais, bem como centros de saúde e hospitais. O novo hospital, tal como recordou, vai nascer numa área considerável de bananeiras. Uma opção que, em seu entender, é inquestionável quanto à importância deste para os madeirenses.
Jornal da Madeira
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