sexta-feira, 11 de junho de 2010

Centro abre com 12 jovens

Tem capacidade para 48 e vai acolher jovens em conflito com a Lei








O Centro Educativo da Madeira entra em funcionamento ainda no decorrer deste mês e deverá começar com 12 jovens, embora a sua capacidade seja de 48. O internamento de cada jovem em conflito com a lei dependerá sempre do tribunal conforme fez questão de esclacer ontem a directora-geral de Reinserção Social.
Leonor Furtado falava aos jornalistas momentos antes de uma visita guiada às instalações deste Centro Educativo no Caminho do Estreito, Santo da Serra. Um milhão e 500 mil euros foi quanto custou o contrato dos serviços que vão ser prestados em parceria entre a Direcção Geral de Reinserção Social e a União Meridianos de Portugal. As instalações em si custaram cerca de 7 milhões de euros.
Nesta visita, que foi acompanhada por deputados da maioria dos partidos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), Leonor Furtado recordou que aquele Centro Educativo, construído há muito tempo, é um equipamento «precioso» que vai recorrer a execução de medidas de gestão que permitam a execução do internamento de jovens.
«Sugerimos ao Ministério da Justiça, a abertura de um concurso internacional para partilharmos a gestão deste Centro Educativo. O projecto é inovador na medida em que tem duas vertentes: uma é a de garantir a direcção pública. Por outro lado, vamos buscar aquilo que são as mais-valias em termos de organizações não governamentais», disse a directora-geral de Reinserção Social.
«Fomos buscar uma entidade com capacidade económica, experiência em projectos educativos que permitam cumprir aquilo que é o objectivo da execução da medida de internamento», sublinhou Leonor Furtado. Ou seja, que «um jovem que cometeu um facto qualificado como crime não volte a cometê-lo e que se insira de forma digna e responsável na socidade», adiantou.
Sobre a visita que ontem se realizou, Leonor Furtado explicou que o objectivo foi o de proporcionar às entidades regionais, a visão daquilo que vai ser a execução da medida de internamento.
Leonor Furtado não deixou de sublinhar o acolhimento e a cooperação extraordinários da parte das entidades regionais. «Precisamos do apoio de todas as entidades regionais e todos têm revelado a maior abertura», afirmou a directora-geral de Reinserção Social, a qual agradeceu esta posição.
«Não é fácil gerir um Centro Educativo», admitiu Leonor Furtado.

Centro Educativo vai estar aberto às famílias

Assim que surgiu a notícia de que iria abrir um Centro Educativo no Caminho do Estreito, no Santo da Serra, os moradores da zona deram início à recolha de assinaturas para contestar esta obra.
Leonor Furtado disse ter conhecimento dessa iniciativa que surgiu na altura em que se avançou com a notícia da criação desta instituição. No entanto, a «nossa política, neste projecto desta entidade, pretendemos abrir as portas à comunidade», referiu.
«As famílias poderão visitar o espaço como vamos fazer» convosco, sublinhou Leonor Furtado em declarações prestadas à comunicação social, momentos antes da visita às instalações deste Centro Educativo que vai ser gerido, em parceria, pela Direcção Geral de Reinserção Social (enquanto responsável pelas políticas de prevenção criminal) e pela União Meridianos Portugal.
Nestas instalações, deverão ser internados, por ordem do Tribunal, jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos. O que não implica que não possam ali ficar jovens com mais idade, conforme for o entendimento do Tribunal.
A data da inauguração deste espaço vai ser divulgada posteriormente, conforme referiu Leonor Furtado.


Jornal da Madeira

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