sábado, 8 de maio de 2010

Inaguração da Quinta d’Avó

Alberto João Jardim disse ontem na inauguração da Quinta d’Avó
Tudo o que se faça pelos idosos é pouco









O presidente do Governo Regional disse ontem que «tudo o que se faça no campo da terceira idade é pouco, dado que, felizmente, a esperança de vida das pessoas vai sendo cada vez mais prolongada».
A declaração foi feita na inauguração da Quinta d’Avó, um projecto dos empresários Maria Manuel Homem (filha de Maria Aurora) e Jorge Freitas, que criou 10 postos de trabalho.
Alberto João Jardim acrescentou que, perante essa maior longevidade, tem de haver uma resposta adequada da sociedade.
Referindo-se ao tipo de estabelecimento em causa, o presidente do Governo disse que, «numa sociedade em que temos cada vez mais o peso da terceira idade e em que há menos pessoas a nascer há que se virar, fundamentalmente, para este tipo de iniciativas».
Alberto João Jardim agradeceu aos empresários em causa o «arrojo» que tiveram neste projecto.
«O que eu vi tem, de facto, muita qualidade e vê-se que foi feito com muito amor», disse o presidente, agradecendo em nome da Região por mais esta iniciativa que irá melhorar a qualidade de vida das pessoas.
«Vê-se que há aqui bom gosto, respeito pelas pessoas, uma preocupação de as servir e ter um sentido humano perante quem cá vem cá residir. E vê-se aqui o toque da matriarca da família e, por isso, parabéns a toda a família», concluiu o presidente do Governo Regional.

Um livro para a minha mãe

Maria Manuel Homem disse que este projecto nasceu «a pensar em mim, na minha família e na minha mãe». O objectivo, conforme acrescentou, foi criar um espaço de lazer em que as pessoas se pudessem sentir em casa.
Foi um projecto «feito com o coração, exactamente para servir o outro, numa área que é tão sensível como o é a geriátrica», acrescentou.
Com a voz embargada pela emoção e dirigindo-se à sua mãe, ali presente, Maria Manuel Homem disse: «A minha mãe escreve livros e eu escrevi este livro para a minha mãe».

Quinta d’Avó não é um lar

À margem da cerimónia, Maria Manuel Homem explicou que a Quinta d’Avó não é um lar, mas um clube de férias sénior.
«As pessoas que vêm para aqui são pessoas que têm vontade própria. Podem, eventualmente, estar aqui um dia, um mês ou uma semana, mas se quiserem ir a casa têm um motorista que as leva. Se quiserem ir a um café ver os amigos também têm essa possibilidade», especificou.

Três cartões para diferentes serviços

A Quinta tem três modalidades: o cartão de ouro, o cartão de prata e o cartão rosa.
Maria Manuel Homem esclareceu que o cartão rosa é um cartão de serviços. Quem o comprar tem acesso directo, não só à Quinta d’Avó, mas, se o quiserem, ao cartão prata e ao cartão ouro, que têm uma série de empresas associadas ao projecto e que vão prestar serviços, disse a empresária.
O cartão ouro é o que permite que as pessoas possam dormir e comer na Quinta d’Ávó e usufruir de todos os serviços.
O cartão prata é para as pessoas que só queiram passar o dia na Quinta d’Avó, com refeições incluídas, bem como algumas actividades que ali serão desenvolvidas ao longo do ano, no âmbito da psicomotricidade, motora, psicológica e cognitiva.
Há, também, uma série de professores (de francês, inglês, expressão plástica, de natação) associados ao projecto.
Uma vez por semana, haverá aulas de natação, enquanto que as aulas de movimento serão dadas três vezes por semana. «Vai haver, também, passeios a pé e outras actividades, no âmbito das pessoas com mobilidade», disse Maria Manuel .
Em termos de capacidade, a Quinta tem 20 vagas para pessoas com cartão ouro e outras tantas para cartão prata.
Para o cartão rosa, que custa 50 euros, existe um número ilimitado de vagas. Este cartão dá desconto em todas as empresas associadas ao projecto e a possibilidade de dar acesso directo a outros serviços da Quinta, como alojamento, se um dia os seus possuidores o pretenderem.

A obra

O Clube de Férias Sénior - Quinta d’ Avó fica na Rua dos Ilhéus, nº 54, mais precisamente atrás da Quinta Magnólia. Para além dos quartos de alojamento regular, há o “quarto de férias”, onde poderão ficar os pais de pessoas que queiram ir de férias e não tenham com quem os deixar. Nesse caso, podem ali ficar uma semana, 15 dias ou o máximo de um mês. Nos restantes alojamentos, o utente poderá ficar na Quinta por um prazo máximo de um ano, renovável ou não, consoante a sua vontade.


Jornal da Madeira

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